O professor Marcus Jary Nascimento promove na próxima quinta-feira, 05 de março, um debate público sobre a extinção das torcidas organizadas em Goiânia. O tema é “A Violência no Futebol e a Extinção das Torcidas Organizadas”. O evento será realizado em dois períodos: de manhã, a partir das 8h45, e pela tarde às 15h15, no auditório da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia (Eseffego), no Setor Vila Nova. O debate faz parte das atividades acadêmicas do Grupo de Estudos e Pesquisas em Esporte Cultura e Cidade (Gepecc - Eseffego).
O evento contará com a participação de representantes do Ministério Público de Goiás, da Polícia Militar e de membros das torcidas organizadas Esquadrão Vilanovense e Força Jovem Goiás. Já confirmou presença o promotor de justiça Marcelo Celestino, e o tenente-coronel Amarildo Guerra, da PM. Outro convidado é o deputado estadual Luis Cesar Bueno, que propôs projeto de lei para proibir a entrada das torcidas organizadas no Estádio Serra Dourada. O projeto deve ser apreciado na Assembléia Legislativa no próximo mês.
O debate será moderado por Marcus Jary Nascimento, coordenador do Gepecc e um dos autores de projeto de pesquisa sobre as torcidas organizadas. O projeto do professor envolveu observaçõe in loco nos estádios, aplicação de questionários e entrevistas com filiados das agremiações Esquadrão e Força Jovem.
O objetivo do debate é discutir o pedido de extinção das torcidas organizadas feito pela Policia Militar e Policia Civil ao Ministério Público Estadual sobre os seguintes aspectos: a constitucionalidade do pedido, a eficácia da medida e a adoção de novas políticas de segurança para os campeonatos de futebol.
“É possível à extinção das agremiações? Se é possível, em quais casos acontecerá essa extinção e qual é a constitucionalidade dessa medida”, questiona o professor. Ele também pretende abordar no debate qual o nível de eficácia dessa medida, já que houve casos de extinção de torcidas em outras cidades do país que não surtiram um resultado satisfatório. “Um exemplo foi em São Paulo, onde em meados da década de 80, a torcida Mancha Verde foi extinta, mas depois os torcedores se organizaram novamente com outra denominação: a Mancha AlviVerde” lembra Marcus.
De acordo com Marcus, a participação da Universidade nessa discussão é importante para fomentar o debate público e também subsidiar com conhecimento científico os órgãos competentes pelas realizações dos espetáculos futebolísticos. “Esperamos sensibilizar as autoridades com o debate e assim possibilitar a implantação de um conjunto de políticas de segurança para preservar os torcedores que participam desses espetáculos”, ressalta Marcus.
GRIPE A (H1N1)
Há 13 anos
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