terça-feira, 28 de julho de 2009

entrevista Nadson.


Você foi dispensado do Vitória ou decidiu vir para o Bahia?

Nadson: Olha, demitido eu não fui não. Acho que eu não fui aproveitado lá. Tive propostas de Portugal, mas escolhi ficar no Bahia. Escolhi o Bahia porque é um time grande e com certeza vou apresentar aqui um grande futebol junto com os meus novos companheiros.



Porque foi muito difícil o Vitória trazer você de volta da Coreia. Talvez fosse mais vantajoso até ir pra Portugal, financeiramente Falando. Por que resolveu exatamente ficar no Bahia e dispensar a proposta de Portugal?



Nadson: Escolhi ficar no Bahia porque é um time grande, tem grandes profissionais trabalhando lá, tem um bom grupo, o ambiente é muito legal, e eu estou muito feliz. E a minha família também decidiu que eu ficasse. Acho também que é muito válido respeitar a opinião deles. Aceitei, não me arrependi, estou muito feliz. A cada dia que passa estou me adaptando o mais rápido possível lá dentro. Estou treinado forte e pretendo o mais rápido possível ajudar meus companheiros. Quero ajudar o Bahia a voltar à Primeira Divisão, porque esse é o único intuito (do time). Com certeza, no final de novembro isso vai ter acontecido.



Você era um jogador rubro-negro tradicionalmente anti-Bahia, digamos assim. Será que o torcedor tricolor vai aceitar sua presença no time ou esse tipo de rusga é coisa do passado?

Nadson: Acho que não, acho que eu nem era anti-Bahia. Eu deixava claro que era torcedor do Vitória, isso aí é normal, porque eu vivi no Vitória desde os 17 anos. Mas essa parte de torcedor, eu sou profissional e isso já fica à parte e a torcida do Bahia eu tenho certeza que não tem raiva de mim. Até conversei hoje (segunda, 20 de julho) com um membro da Bamor sobre isso, dizendo que eu não tinha raiva. Ele também me pediu para não ter raiva porque eles não têm raiva de mim. Eu falei “não sei nem por que você está falando isso, porque raiva do Bahia eu não tenho”. Eu só tenho uma mania: o clube que eu sou eu defendo com unhas e dentes. E vai ser a mesma cosia aqui. Quando enfrentar o Vitória, vai ser a mesma coisa. A garra vai ser a mesma, tudo vai ser o mesmo. O que eu fazia lá vou fazer aqui.


E como você sente a receptividade dos torcedores que tem encontrado nas ruas?

Nadson: Está muito boa, as pessoas estão me desejando boa sorte, me recebeu de coração a torcida do Bahia. E pode ter certeza que esse carinho que eles estão me dando eu vou retribuir com muita garra dentro de campo e ajudando o Bahia a subir.

E quando foi que começou o processo de negociações com o Bahia? Faz tempo ou é uma coisa recente?

Nadson: É recente, faz um mês mais ou menos. Conversei com o empresário e ficou praticamente tudo acertado, graças a Deus. Foi combinado com Marcelinho (Guimarães, presidente do Bahia). Ele é um grande cara e com certeza está fazendo de tudo para fazer o Bahia subir e esse grupo com certeza vai dar muita alegria a esse clube dentro de campo. Do G4 não sai mais.

Mas quem foi que fez o primeiro movimento? O Bahia procurou Nadson ou foi o seu empresariado que acionou o Bahia para fazer a transferência?

Nadson: Foram os meus empresários. Eu só vim saber 15 dias depois, quando já estava praticamente tudo já fechado. Teve uma reunião com o pessoal do Bahia, com o Guga (empresário de Nadson), que fecharam tudo e eu só fui saber quando já estava tudo fechado entre os empresários. E o que ele acertou está acertado, são muitos anos de trabalho e eu confio nele. Fiquei muito feliz de ter acertado aqui com o Bahia e pode apostar que se eu tiver a chance que não tive no Vitória vou fazer muitos gols.

O Bahia Notícias acompanhou toda a novela para a volta ao Vitória, mas depois que finalmente tudo deu certo, alguma coisa aconteceu. O que você acha que realmente deu errado por lá? Foi diretoria ou técnico?

Nadson: Olha, eu não sei direito. Não sei se foi treinador ou se foi diretoria... Eu prefiro nem falar do Vitória, prefiro só focar no Bahia. Vitória pra mim já é passado... Eu acho que foi mais o treinador. Eu não quero nem discutir sobre isso.

E se no futuro você fosse chamado a voltar para o Vitória, voltaria?

Nadson: É, eu sou um profissional. Tenho família para criar e seria uma coisa boa também. Até porque eu tenho grandes amigos lá dentro ainda. Saí de cabeça erguida apesar do que aconteceu. As únicas pessoas que eu tinha que eu tenho que agradecer são Jorginho (Sampaio), Mário Silva (supervisor técnico), que eu gosto muito, e todos os funcionários lá do Vitória, que eram a alegria do dia-a-dia. Alexi (Portela), o preparador físico Ednílson (Sena), o (Cláudio) Frias, betão (setor de musculação). E a torcida, claro. Me desculpem pelo que aconteceu, mas agora é bola pra frente e desejar boa sorte pra eles

E como é a rotina de trabalhos pra você no Bahia? Agora o foco é mais físico ou mais técnico?

Nadson: Está tudo muito bom. Ontem (domingo, 19) treinei com Dudu Fontes para aproveitar o dia. Treinei hoje dois períodos, amanhã vou treinar mais dois, e quarta-feira (22) vou me juntar ao grupo e vou ficar à disposição do treinador.

E a estreia dá pra programar para quando?

Nadson: Se tiver um bom trabalho na semana até sexta-feira aí, com certeza dá para entrar no decorrer do segundo tempo contra o Vasco no sábado.
Falaram que você tinha saído do Vitória exatamente porque estava contundido. Isso é mesmo verdade? Porque, se for, fica difícil estrear no sábado, uma semana depois de chegar.


Falaram que você tinha saído do Vitória exatamente porque estava contundido. Isso é mesmo verdade? Porque, se for, fica difícil estrear no sábado, uma semana depois de chegar.

Nadson: Quem tem sua boca fala o que quer. Bem, bem fisicamente, eu não estou. Meu preparo físico está bem adiantado, mas porque eu estou investindo. O que está demorando mais é a parte de treino com bola. Mas quem sabe nunca desaprende.

Outra coisa que dizem sobre você no Bahia é uma provável dupla com Joãozinho não no ataque, mas nos bares e festas da cidade, e no fim das contas o futebol não aparece e o Bahia é quem sai perdendo. O que você tem a dizer para estas pessoas?

Nadson: Eu desafio alguém a me encontrar em festa. O pessoal está falando demais. Mas uma coisa que é minha é que eu não saio em Salvador. Não saio para canto nenhum. Não saio para bar, não saio para festa nenhuma. Já foi o tempo em que eu saía para festa. Acho que essas pessoas que acham que todo mundo sai para festa, que Joãozinho sai para festas, não têm o que fazer. Tem que arranjar é três gatos para colocar dentro de casa e largar de olhar a vida dos outros. De preferência gato preto.

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